sábado, 31 de março de 2012

Mínimo múltiplo comum

Um passado comum.
Um passado mais nebuloso nos factos que nas memórias.
Vidas distantes, tão mais próximas agora que alguma vez teriam sido.
Uma seguiu literaturas, a outra matemáticas.
Na vida de ambas, os números trocaram-lhes as voltas à volta das letras da Primeira palavra.
Em ambas a Dor.
Em ambas a Perda.
E ao fim de tantos anos, o reencontro.
As tristes novas.
Lágrimas por fora, lágrimas por dentro.
E a constatação do facto: a Vida faz-nos mais do que aquilo que somos.

É esse o nosso mínimo múltiplo comum.
A nossa génese.
O nosso recomeço.

E as memórias da minha/nossa infância ganham cor...


Susana Soares
31 de março de 2012