Vai-te, Poesia!
Deixa-me ver a vida
exacta e intolerável
neste planeta feito de carne humana a chorar
onde um anjo me arrasta todas as noites para casa pelos cabelos
com bandeiras de lume nos olhos,
para fabricar sonhos
carregados de dinamite de lágrimas.
Vai-te, Poesia!
Não quero cantar.
Quero gritar!
José Gomes Ferreira
(Porque às vezes o lirismo é oco e estéril. Porque às vezes o melhor canto é o grito das entranhas. Porque há mais beleza no rasgar da carne que no rasgar de seda. Porque a Poesia também é sangue. É dor. É revolta. E é por isso que hoje, mais que nunca é precisa a Poesia!
Susana Soares, 21 de Março de 2011, Dia Mundial da Poesia)
segunda-feira, 21 de março de 2011
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